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Channel: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Missa Tridentina em Vitória/ES
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Missas com o Pe. Joaquim

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Salve Maria!

Prezados, 

Agradecemos a Deus e a todos que estavam presentes nesses últimos dias em nossa Capela, principalmente o Rev. Pe. Joaquim - FBMV, que nos proporcionou momentos essenciais para o nosso crescimento doutrinal, espiritual e moral, com Missas, Adorações ao Santíssimo Sacramento, catequese para as crianças, reunião do Apostolado da Oração e conferências.

“O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”
São Francisco de Sales.

Missas 










Adoração ao Santíssimo Sacramento



Catecismo para as crianças 



Quarta-feira de Cinzas










" Louvado seja o Santíssimo Sacramento do Altar e a Virgem concebida sem pecado original!"











Exercício da Via Sacra

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Salve Maria!

Prezados fiéis, 

Todas as sextas-feiras da Quaresma iremos rezar a Via Sacra às 20hrs em nossa Capela. 

Todos estão convidados!

Quaresma

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  A Quaresma é um tempo propício para se refletir mais e melhor sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e como consequência, por amor a Ele e aos seus sofrimentos devemos também olhar para nossa vida e assim meditar em que podemos e devemos melhorar para nos assimilar ao Nosso Salvador.
 Segue abaixo uma bela oração para proveito de todos, que preferencialmente deve ser feita durante a Quaresma para ajudar-nos a pensar com piedade nos padecimentos de Nosso Senhor. 

Ó Maria Mãe do Amor, nos ajude a amar cada vez mais a Nosso Senhor! 

Salve Maria!


Devoção à Paixão

Oração a Jesus pelo merecimentos particular de cada uma das penas que Ele sofreu na sua Paixão

Meu Jesus, pela humilhação a que vos dignastes submeter lavando os pés dos vossos discípulos, concedei-me a verdadeira humildade, de sorte que me abata diante de todo o mundo, e particularmente diante daqueles que me desprezam.

Meu Jesus, pela tristeza mortal pela qual fostes acabrunhado no jardim das oliveiras, preservai-me da tristeza do inferno, onde devia estar para sempre longe de vós e sem vos poder amar.

Meu Jesus, pelo santo horror que tivestes dos meus pecados, sempre presentes aos vossos olhos, dai-me verdadeira dor de todas as ofensas que contra vós tenho cometido.

Meu Jesus, pela pena que vos causaram a traição de Judas e o seu pérfido ósculo, dai-me vos seja fiel e não atraiçoe mais como o fiz no passado.

Meu Jesus, pela dor que sentistes vendo-vos ligado como um malfeitor para serdes conduzido à presença dos juízes, atai-me com as doces prisões do vosso amor, de sorte que não me separe mais de vós, que sois o meu único bem. 

Meu Jesus, pelos desprezos, escarros, que recebestes durante toda a noite na casa de Caifás, dai-me a força de sofrer com paciência, pelo vosso amor, todas as afrontas que receber dos homens.

Meu Jesus, pela irrisão que Herodes vos fez sofrer, tratando-vos como um louco , dai-me a graça de suportar com paciência todas as injúrias que me vierem dos homens, ainda quando me tratem de vil, louco e mal.

Meu Jesus, pelo ultraje que vos fizeram os judeus quando a vós preferiram Barrabás, dai-me a graça de sofrer com paciência que os outros me sejam injustamente preferidos.

Meu Jesus, pela dor que sofrestes no vosso santo corpo, quando foi tão cruelmente flagelado, dai-me a força de suportar com paciência tudo o que tiver de sofrer nas enfermidades e especialmente na morte.

Meu Jesus, pela dor que vos causaram os espinhos traspassando a vossa adorável cabeça, concedei-me a graça de jamais dar consentimento a pensamentos que vos desagradem.

Meu Jesus, pela bondade com que aceitastes a morte de cruz, à qual fostes condenado por Pilatos, fazei-me aceitar com resignação a morte que me espera, e todas as penas que tem de acompanhá-la.

Meu Jesus, pelas penas que sofrestes em levar a cruz pelo caminho até o Calvário, dai-me a graça de sofrer com paciência todas as cruzes da minha vida.

Meu Jesus, pela dor que sentistes quando cravaram as vossas mãos e pés na cruz, peço-vos, cravai aos vossos pés a minha vontade, a fim de que não queira mais nada fora do que quereis.

Meu Jesus, pela amargura interior com que consentistes ser abeberado de fel, concedei-me a graça de não vos ofender pela intemperança no comer e no beber.

Meu Jesus, pela pena que padecestes quando vos despedistes de vossa Mãe Santíssima, do alto da árvore da cruz, livrai-me dos afetos desordenados para com os meus parentes, ou outras criaturas sejam quais fores, para que o meu coração seja todo inteiro e para sempre vosso.

Meu Jesus, pela desolação da vossa última hora, quando vos vistes abandonado até pelo vosso Pai eterno, dai-me a graça de sofrer com paciência todas as minhas aflições sem nunca perder a confiança na vossa bondade.

Meu Jesus, pelas três horas de tormento e agonia de que foi precedida a vossa morte na cruz, concedei-me a graça de suportar com resignação, e pelo vosso amor, as penas da minha última agonia...

Meu Jesus, pela extrema dor que sentistes, quando a vossa santa alma se separou do vosso corpo adorável, fazei que, no momento da minha morte, renda o espírito os meus sofrimentos com um ato de amor perfeito , para ir logo no céu vos ver face a face e amar com todas as minhas forças durante a eternidade. E a vós, ó Maria, minha Mãe, pela espada de dor que vos traspassou o coração, quando vistes o vosso Filho amadíssimo inclinar a cabeça e expirar, peço me assistais na hora da minha morte, para que vá bendizer-vos e dar as graças no paraíso por todos os bens que me houverdes alcançado de Deus.

As mais belas orações de Santo Afonso

A Jesus, o nosso Bom Pastor

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Salve Maria!

Prezados,


  Segue abaixo mais uma oração que nos ajuda a aproveitarmos o santo tempo da Quaresma da melhor maneira possível. Não nos esqueçamos que é um momento muito propício para se buscar a conversão e arrependimento. 

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

  * Lembramos aos fiéis que quinta-feira haverá Hora Santa às 20hrs.

A Jesus, o nosso Bom Pastor

  Onde achareis outro exemplo de semelhante devotamento? o Pastor morrendo por suas ovelhas, o Criador por suas criaturas.

  Ó meu Jesus, que pastor deu jamais a vida pelas suas ovelhas? só vós, porque sois um Deus infinitamente amante; vós só pudestes dizer com toda verdade: Eu dou minha vida pelas minhas ovelhas (Jo 10,15). Vós só haveis podido dar ao mundo o espetáculo dum amor tão excessivo; vós só, Deus e Soberano Senhor nosso, consentistes em morrer por nós. Lembrai-vos, pois, ó Jesus meu, de que sou uma das ovelhas pelas quais destes a vida. Ah! a mim volvei os olhos misericordiosos com aquele amor com que favorecestes a minha alma quando, elevado sobre a Cruz, morrestes pela minha salvação; olhai-me, transformai-me, salvai-me. Segundo as vossas próprias palavras, sois aquele terno Pastor que, encontrando a sua ovelha perdida, a toma com alegria, põe sobre os ombros, e convida os seus amigos a folgarem com ele (Lc 15,6). Pois bem! eu sou essa ovelha perdida, ó meu Salvador, procurai-me (Sl 118,176), e achai-me. Se, por minha falta, não me encontrastes ainda, eis-me aqui, tomai-me, prendei-me bem, segurai-me convosco, a fim de que não me desgarre mais. O laço, porém, deve ser o vosso amor; se não me atais com este doce laço, de novo me perdereis. Ah! nada haveis poupado para ligar-me com os nós do santo amor; eu é que sempre fugi de vós; que ingrato que sou! Mas agora, a vós suplico pela infinita misericórdia que vos fez descer à terra na minha procura, ligai-me e seja isto com um duplo laço de amor, para que não me percais dora em diante, nem eu a vós. Amadíssimo Redentor meu, resolvido estou a não separar-me mais de vós. Amo-vos, ó Bom Pastor, morto pela vossa ovelha perdida; sabei, esta ovelha vos ama agora mais que a si mesma, e só tem um desejo, o de amar-vos e se imolar pelo vosso amor. Tende dela compaixão, amai-a, e fazei nunca se aparte mais de vós.

 As mais belas orações de Santo Afonso



Sigamos no bom combate!

Breve comunicado

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      Os Bispos são sucessores dos apóstolos. São eles que, juntamente com o papa, formam a Igreja docente e têm o dever de ensinar a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, a doutrina Católica. Nesta crise sem precedentes que enfrenta a Igreja, a Divina Providência nos reservou dois Bispos fiéis à herança de Dom Lefebvre: Mons. Williamson e Mons. Faure.
    Devido às críticas públicas que vêm recebendo nossos bispos, a Capela Nossa Senhora das Alegrias reitera sua total confiança e submissão aos pastores que a Providência nos reservou e não vê absolutamente motivos reais para ficar contra qualquer um deles, a saber: Dom Williamson e Dom Faure, bem como aos padres submissos a eles. A maneira como Dom Williamson escreve seus comentários eleisons e explica a situação da Igreja conciliar não justifica a investida que estão a fazer contra o mesmo Bispo.  O senso de obediência e respeito às autoridades da Igreja é um dever de todo católico e deve ser mantido até que algo claramente contra a Fé esteja sendo feito por essas mesmas autoridades. Não é este absolutamente o caso. Reafirmamos o que nosso excelentíssimo diretor, Dom Tomás de Aquino, disse em um artigo recente sobre Mons. Williamson: “que (Mons. Williamson) permanece o Bispo que se opôs à política suicida dos acordistas e que sagrou Dom Faure, ordenou padres para a Resistência, confirmou inúmeros fiéis dando assim a todos a esperança de continuar o bom combate de Dom Lefebvre”.

Continuemos o bom combate pelo reinado de Nosso Senhor!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Maria Santíssima!





Em defesa de Dom Williamson (II)

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Em defesa de Dom Williamson (II)

         Os ataques a Dom Williamson se baseiam em seus escritos e em suas palavras. Examinemos alguns escritos. Seus críticos mais tenazes alegam que é preciso ver o conjunto e concluir pela heterodoxia de Dom Williamson. Se eu fosse comentar cada acusação, uma por uma, isto tomaria um tempo do qual não disponho. Examino aqui apenas uma ideia de Dom Williamson.
Ele diz no Eleison 437 que as “ovelhas” dominadas pelo mundanismo moderno perderam, como punição, o verdadeiro rito da Missa; mas, nem sempre, perderam a missa válida e isto “em recompensa a seu desejo da missa”.
Deve-se daí concluir que a Missa Nova é boa? Não, de modo algum. Mas se deve concluir que Dom Williamson disse que a Missa Nova é boa? Não, de modo algum. Mas então não se deve concluir que há algo de bom na Nova Missa? Sim: Nosso Senhor presente na hóstia consagrada e a renovação incruenta do sacrifício do Calvário quando ela é válida. Mas isto não é absurdo? De modo algum. Mas falando disso não se está induzindo os fiéis a assistirem a Missa Nova? Não. Mas dizendo que alguns, por desejo da missa, não foram privados de uma missa válida, não se está dizendo um absurdo? Também não. Pessoas como Gustavo Corção e quase todos os membros da Permanência no Brasil e da “Cité Catholique” na França assistiam ou assistiram a Missa Nova no início dos anos 70 e a maior parte dos membros da Resistência no Brasil já fizeram o mesmo antes de conhecerem a Tradição. Podemos pensar que, entre tantas pessoas, alguns tenham feito comunhões bem feitas e tenham tirado proveito destas comunhões caso tenham assistido missas válidas ainda que fossem no Novus Ordo. Dom Lefebvre e Dom Antônio nunca negaram esta possibilidade. Penso que Gustavo Corção, meus pais e irmãos, a família Fleischman e tantas outras receberam alguma graça destas comunhões. Mas isto é uma heresia, dirão alguns, ou, ao menos, uma mudança de discurso. Não creio. Isto é um aspecto da confusão na qual vivemos. Isto sim; “As verdades estão diminuídas entre os filhos dos homens” diz o Salmo (11,2).
                Felizes os que receberam a graça de compreender a questão da missa. Corção compreendeu sua malignidade desde o início, mas que não devia assisti-la, ele só o compreendeu depois. Ele levou cerca de quatro anos para tomar a decisão de não ir mais a essa missa. Ele só a tomou depois que Jean Madiran veio da França para lhe falar do assunto, pelo que me lembro ter ouvido. Era Corção um herege? Não. Um mal católico? Também não. Tirou ele algum fruto de suas comunhões diárias (ele ia à Missa todos os dias) na Nova Missa? Creio que sim. Era uma recompensa pelo seu desejo de ter uma missa válida para assistir? É difícil responder. Talvez fosse. Mas ele entendeu que não devia ir pois este rito conduz à heresia e é um mau exemplo ir à Missa Nova. Então ele não foi mais. O Rio de Janeiro acabou tendo a Missa de Sempre, codificada por São Pio V.
                Que concluir disso? Eu concluo que não há porque lançar D. Williamson (e Corção igualmente) na fogueira. Nem um nem outro são hereges. Um demorou a entender que não devia ir à Missa Nova e outro procurou dar uma explicação para este fato. Tanto um como outro me parecem igualmente católicos e igualmente antiliberais pois ambos condenaram a Missa Nova e defenderam a Missa de Sempre.

ir. Tomás de Aquino, OSB

Comentário Eleison: A terra de Santa Cruz exulta de alegria!

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MONS. WILLIAMSON: COMENTARIO ELEISON CDXLIX (449) - febrero 20, 2016

Eleison Comments by His Excellency Bishop Richard Williamson


"Un tercer obispo para la “Resistencia” está planeado, como el año pasado para el 19 de Marzo en el Monasterio cerca de Nova Friburgo en Brasil. Es su Prior, el Padre Tomás de Aquino, fiel guerrero y veterano de la guerra post- conciliar por la Fe."


Obispos

La FSPX de ninguna manera está “fuera de peligro”.
¡Obispos Resistentes deben “cumplir lo prometido”!

Desde el Capítulo General de Julio de 2012 cuando bajo la dirección de Monseñor Fellay la Fraternidad San Pío X dió un decisivo bandazo hacia un acuerdo de compromiso con Roma Conciliar, los Católicos de la Tradición se han preguntado donde se posicionaban los otros dos obispos, Monseñor Tissier de Mallerais (MoT) y Monseñor de Galarreta (MoG), porque ambos han sido más vale discretos en público desde ese entonces. Sin embargo, firmes palabras dichas por cada uno de ellos el mes pasado, han originado esperanzas para el futuro de la FSPX. ¿Están las esperanzas justificadas? Los Católicos pueden necesitar permanecer en sus guardias . . .
El sermón de Confirmaciones de MoT dado el 31 de Enero en Saarbrücken en Alemania no pudo haber sido más recto ni claro. Por ejemplo: En la confrontación de la FSPX con Roma, aquella nunca puede presentarse para un compromiso o doble trato. Nosotros nunca podemos negociar con Roma mientras los representantes de la Neo-Iglesia (sic) se aferren a los errores del Vaticano II. Cualquier conversación con Roma debe ser por lado nuestro sin ambiguedades, y debe tener como su propósito la conversión de los representantes de la Neo-Iglesia de vuelta a nuestra única y sola verdad de la Tradición Católica. Ningún compromiso ni doble trato hasta que hayan superado sus errores Conciliares y se hayan convertido de vuelta a la Verdad.
¡Admirables palabras! La rectitud no es el problema de MoT. Él no es nada político, Dios lo bendiga. El problema de él es que cuando llega el momento de poner sus palabras en acción, su “Cincuentismo” hace que obedece a su Superior, y vuelve a la línea de los políticos del Cuartel General de la FSPX en Menzingen. Nada indica que esto no pasará de nuevo esta vez, pero siempre podemos rezar para que haya en fin por el lado suyo una reacción efficaz. MoT no es un cobarde, pero no quiere ver, o verdadera mente no puede ver, toda la malicia de la acción de Menzingen. No es solamente la unidad y bienestar de la FSPX lo que está en juego, sino la continuación de la Fe católica.
Por el contrario, MoG es un político. Desafortunadamente no tenemos el texto completo de la conferencia que él dio en Bailly, Francia, el 17 de Enero, ya que sus exactas palabras son importantes, así que no podemos hacer más que citar de un resumen de sus principales pensamientos: las últimas propuestas teológicas y canónicas de Roma para un acuerdo Roma-FSPX siguen inaceptables, pero el Papa quiere ciertamente un acuerdo, y es perfectamente capaz de ignorar a sus propios oficiales e imponer a la FSPX un reconocimiento “unilateral”. Un reconocimiento tal definitivamente dañaría a la FSPX internamente, pero si la FSPX no hubiera hecho nada para obtenerlo, entonces no hay nada que la FSPX podría hacer para impedirlo. Sin embargo, la Providencia podrá velar una vez más sobre el trabajo de Monseñor Lefebvre.
Pero, su Excelencia, Menzingen hace ora desde muchos años todo lo que ha podido mediante negociación política para llegar al reconocimiento oficial por Roma, y la eventual llegada “unilateral” de este acuerdo será un mero pretexto para engañar a los Tradicionalistas de manera a liquidar la FSPX bajo la cubierta de reclamar, sin duda con el permiso secreto de Roma, que fue toda la culpa de Roma. Pero el hecho permanecerá, que la Fraternidad de Monseñor Lefebvre estará definitivamente traicionada, y usted con sus propias “No, no, mil veces no . . . pero, posiblemente, sí” tendrá que responder por no haber hecho todo lo que usted podía y debía haber hecho para bloquear la traición de ella.
Breve, ese sistema de luz de emergencia de la Iglesia Universal en la oscuridad Conciliar, que es la FSPX, está ella misma titilando y en peligro de no dar más luz. Por consiguiente, ese equipo de reparación para mantener la luz de emergencia, que es la “Resistencia”, sigue todavía necesario y ese equipo necesita de una suficiencia de buenos capataces. Un tercer obispo para la “Resistencia” está planeado, como el año pasado para el 19 de Marzo en el Monasterio cerca de Nova Friburgo en Brasil. Es su Prior, el Padre Tomás de Aquino, fiel guerrero y veterano de la guerra post- conciliar por la Fe. Que Dios esté con él y con todos los humildes y fieles siervos de Dios.

Obrigado, monsenhores!

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"Dissipou aqueles que se orgulhavam nos pensamentos do seu coração. Depôs do trono os poderosos e elevou os humildes..."
Magnificat





Os bispos resistentes devem cumprir com seu dever!

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"... Dom Tomás de Aquino, fiel guerreiro e veterano da guerra pós-conciliar pela fé..."


Comentários Eleison - por Dom Williamson
CDXLIX (449) - (20 de fevereiro de 2016)

BISPOS

De modo nenhum o perigo na FSSPX deixou de haver.
Os bispos resistentes devem cumprir com seu dever!

Desde o Capítulo Geral de julho de 2012, quando sob a direção de Dom Fellay a Fraternidade Sacerdotal São Pio X deu uma guinada decisiva em direção a um acordo de compromisso com a Roma Conciliar, os católicos da Tradição se perguntam onde estavam os dois outros bispos da FSSPX, Dom Tissier de Mallerais (BpT) e Dom de Galarreta (BpG), porque ambos têm sido bastante discretos desde então. Entretanto, as firmes palavras que foram ditas por cada um no mês passado suscitaram esperanças para o futuro da FSSPX. As esperanças estão justificadas? Os católicos precisam permanecer em guarda...

O sermão de Crisma feito por BpT em 31 de janeiro, em Saarbrücken, na Alemanha, não poderia ter sido mais sincero nem claro. Por exemplo: No embate da FSSPX com Roma, nunca poderá haver compromisso ou jogo duplo. Nunca poderemos negociar com Roma enquanto os representantes da Neoigreja (sic) estiverem agarrados aos erros do Vaticano II. Qualquer conversa prolongada com Roma deve ser sem ambiguidades, e ter como objetivo a conversão dos representantes da Neoigreja para nossa una e única verdade da Tradição Católica. Nada de compromisso nem jogo duplo até que eles tenham superado seus erros conciliares e se convertido de volta à Verdade.

Palavras admiráveis! Sinceridade não é o problema de BpT. Ele não é nada político. Deus o abençoe. Seu problema é que, quando tem de passar das palavras à ação, seu “Cinquentismo” o faz obedecer a seu Superior e se alinhar aos políticos do Quartel-General da FSSPX em Menzingen. Nada indica que isto não acontecerá de novo, mas devemos sempre rezar para que ele finalmente comece a reagir devidamente. BpT está escondendo-se de si mesmo, ou de fato não está conseguindo ver a completa malícia da ação de Menzingen. Não estão em jogo somente a unidade e o bem-estar da FSSPX, mas a Fé Católica.

BpG, pelo contrário, é um político. Infelizmente, não temos o texto completo da conferência que ele deu em Bailly, na França, em 17 de janeiro, porque suas exatas palavras são importantes, de modo que só podemos citá-lo a partir de um resumo de seus pensamentos principais: “as últimas propostas teológicas e canônicas de Roma para um acordo Roma-FSSPX continuam inaceitáveis, mas o Papa certamente quer um acordo, e ele é perfeitamente capaz de passar por cima de seus oficiais e impor um reconhecimento “unilateral” da FSSPX. Tal reconhecimento poderia definitivamente prejudicar a FSSPX internamente, mas se a FSSPX não tiver feito nada para obtê-lo, então não há nada que ela possa fazer para impedi-lo. Entretanto, a Providência olharia uma vez mais para o trabalho do Arcebispo”.

Mas, Vossa Excelência, Menzingen já há muitos anos tem feito tudo o que pode por meio de negociações políticas para chegar ao reconhecimento oficial por Roma, e o eventual estabelecimento “unilateral” desse acordo seria um mero pretexto para enganar os tradicionalistas, de modo a vender a FSSPX sob a máscara da queixa de ter sido tudo culpa de Roma – sem dúvida com a permissão de Roma por trás dos bastidores. Mas persistirá o fato de que a Fraternidade de Dom Lefebvre será finalmente traída, e vossa Excelência com seu próprio “Não, não, mil vezes não... mas, possivelmente, sim” terá de responder por não ter feito tudo o que poderia e deveria para bloquear a traição dela.

Em resumo, aquele sistema de iluminação de emergência da Igreja Universal na treva conciliar, que é a FSSPX, está ele mesmo oscilando e correndo o risco de nunca mais dar luz. Assim, a equipe de reparo para sustentar a iluminação de emergência, que é a “Resistência”, ainda é necessária, e esse time necessita de um número suficiente de bons superintendentes. Um terceiro bispo para a “Resistência” está previsto, como no ano passado, para o dia 19 de março, no Mosteiro em Nova Friburgo, no Brasil. Ele é seu prior, Dom Tomás de Aquino, fiel guerreiro e veterano da guerra pós-conciliar pela fé. Que Deus esteja com ele, e com todos os humildes e fiéis servos de Deus.


Kyrie eleison.


Fonte: http://borboletasaoluar.blogspot.com.br/2016/02/comentarios-eleison-bispos.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/xdiPp+(Borboletas+ao+Luar)






Obrigado, Virgem Mãe, por estender sobre nós o vosso olhar!‏

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A cumprir divinos planos, por Deus fostes escolhida, padroeira do Brasil, ó Senhora Aparecida!

Mesmo que não nos tivésseis dado este novo presente, ó doce Mãe, saberíamos que vosso olhar maternal sempre nos teria acompanhado. Mas como vos podemos agradecer por tão excelente nova? O que vos dar em agradecimento de tão grande dom? Esta terra de Santa Cruz, filha de Portugal, vossa terra, sempre vos pertenceu. O Brasil é de Maria Santíssima. Este azul que nos cobre a cabeça é vosso manto a proteger-nos, o sol que brilha refulgente sobre nós é o dourado de vossa coroa. Sim, estamos debaixo de vossas asas maternas... Somos vossos, nosso clero, religiosos e religiosas, nossas famílias, nossos senhores e senhoras, moças e jovens, nossas propriedades, tudo, sem exceção, é propriedade vossa. Ó nossa Divina Benfeitora, inefável corredentora, excelsa medianeira, a vós nossos corações, agora e... para sempre. 

A vós, majestade, nosso muito obrigado por dar ao nosso Brasil, nestes 25 anos de falecimento de Dom Lefebvre e Dom Antônio, um novo bispo, e um bispo que lhe é consagrado como escravo.

S.E.R Dom Richard Williamson e S.E.R Dom Michael Faure conferirão o episcopado ao Revmo. Prior do Mosteiro da Santa Cruz, Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, no dia do Glorioso São José, 19 de março de 2016. 

Obrigado, Monsenhores. Obrigado, Dom Tomás, por aceitar mais este sacrifício, 
por amor a Deus e as nossas almas.
 Que reine Cristo e Sua Mãe!



"Nosso Senhor é Rei, e Ele deve reinar, e reinar significa mandar!" 
Dom Tomás no sermão da Epifania 2016.

Quem é Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, nosso novo Bispo: um testemunho

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Quem é Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, nosso novo Bispo: um testemunho


Carlos Nougué
(professor laico da Casa de Estudos Santo Anselmo,
do Mosteiro da Santa Cruz)

Miguel Ferreira da Costa nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1954. Até a Faculdade de Advocacia, fez seus estudos no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, onde tive a oportunidade de ser por um breve tempo seu colega de classe. Fez parte do movimento tradicionalista e antimodernista organizado em torno de Gustavo Corção e da revista Permanência; teve início então sua vida de “fiel guerreiro da guerra pós-conciliar pela Fé”, como escreve Dom Williamson. Começou, como dito, a cursar Advocacia, mas abandonou-a para tornar-se monge, com o nome de Tomás de Aquino, no mosteiro francês do Barroux, que tinha então por superior a Dom Gérard; e foi ordenado sacerdote em 1980, em Êcone, por Dom Marcel Lefebvre. Pôde então privar da amizade, do exemplo, dos ensinamentos do fundador da FSSPX.
Veio ao Brasil com um grupo de monges do Barroux para fundar o Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro/Brasil. Nesse ínterim, porém, Dom Gérard, contra a instância de Dom Lefebvre, marchou para um acordo com a Roma conciliar, contra o que se opôs também Dom Tomás de Aquino. A separação foi então inevitável. O Mosteiro da Santa Cruz, com total apoio e incentivo de Dom Lefebvre, tornou-se assim independente, ainda que amigo da FSSPX. Com efeito, escreveu pouco mais ou menos Dom Lefebvre a Dom Tomás em carta que tive o privilégio de ler: O senhor deve reverência e consulta aos bispos da FSSPX, mas estes não têm jurisdição sobre o senhor, que, como prior do Mosteiro, há de ter autonomia.
Mas foi-se tornando difícil a relação de Dom Tomás e seu Mosteiro com a FSSPX, sobretudo com a aproximação desta à Roma neomodernista. Quando Bento XVI publicou seu Motu proprio sobre o “rito extraordinário”, Dom Tomás de Aquino negou-se a cantar na Missa de domingo o Te Deum pedido por Dom Fellay para comemorar o documento papal, e, especialmente pela “suspensão das excomunhões” pelo mesmo papa, escreveu Dom Tomás a Dom Fellay uma carta em que dizia que não seguiria seus passos rumo a um acordo com a Roma conciliar. Um tempo depois, aparecem no Mosteiro (sou testemunha presencial disto) Dom de Galarreta e o Padre Bouchacourt para dizer a Dom Tomás que ele teria quinze dias para deixá-lo; se não o fizesse, o Mosteiro deixaria de receber ajuda e sacramentos (incluído o da ordem) da FSSPX.
Escrevi a Dom Fellay para queixar-me de tal injustiça, e recebi por resposta o seguinte: “O problema de Dom Tomás é mental. Enquanto não deixar o Mosteiro, este não receberá nossa ajuda”. Respondi-lhe: “Devo ter eu também o mesmo problema mental, porque convivo há doze anos com Dom Tomás e nunca o percebi nele”. Tratava-se em verdade de algo similar ao stalinismo e seus hospitais psiquiátricos para opositores.
Hesitou então Dom Tomás: se deixasse o Mosteiro, seria a ruína deste com respeito à Fé; se porém permanecesse, privá-lo-ia de toda a ajuda de que necessitava. Foi então que veio em seu socorro Dom Williamson: o nosso Bispo inglês escreveu uma carta a Dom Tomás em que assegurava ao Mosteiro todos os sacramentos; poderia assim Dom Tomás permanecer nele. Foi o suficiente para que todos aqui reagíssemos: foi o começo do que hoje se conhece por Resistência, e que teve por órgão primeiro a página web chamada SPES, hoje desativada por ter cumprido já o papel a que se destinava. O Mosteiro passou a ser então centro de acolhimento para os sacerdotes que, querendo deixar a FSSPX pela traição de seus superiores, hesitavam porém em sair justo por não ter onde viver fora dela. Foi o lugar da sagração de Dom Faure, e será agora o lugar da sagração do mesmo Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, meu pai espiritual e o amigo mais entranhável que Deus me poderia haver dado. Sim, sou filho seu e do Mosteiro da Santa Cruz, e foi aqui, neste cantinho do céu, que pude sentir pela primeira vez o tão agradável odor da santidade.             
Fonte: http://www.estudostomistas.com.br/2016/02/quem-e-dom-tomas-de-aquino-ferreira-da.html

Article 2

A divina providência

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Bíblia Sagrada - Pe. Matos Soares
Eclesiástico 33
A divina providência

"Foi a ciência do Senhor que os diferenciou, depois que criou o sol, o qual obedece às suas ordens. E variou as estações e os seus dias de festa, e nelas se celebraram as solenidades a hora determinada. Destes mesmos dias fez Deus a uns grandes e sagrados, e a outros pôs no número de dias comuns. E assim é que também todos os homens são feitos de pó e da terra, de que Adão foi formado. O Senhor, porém, pela grandeza da sua sabedoria, distingui-os, e diversificou os seus caminhos. A uns abençoou e exaltou; a outros santificou e tomou para si; e a outros amaldiçoou e humilhou, e expulsou-os, depois de os ter separado. Como o barro está nas mãos do oleiro, para lhe dar a forma e disposição que deseja, e para o empregar nos usos que lhe aprouver, assim o homem se encontra na mão daquele que o criou, e que lhe dará o destino segundo o seu juízo. Contra o mal está o bem, e contra a morte a vida; assim também contra o homem justo está o pecador. Considera assim todas as obras do Altíssimo. Achá-las-ás duas a duas, e uma oposta à outra."       

Explicação

Deus abençoou os descendentes de Sem (Gên. IX, 26 e segs.), santificou e tomou para  si o povo de Israel (Êxodo, XIX, 5 e 6), amaldiçoou e expulsou das suas terras  os Cananeus, dando-as aos Israelitas.

Segundo o seu juízo, isto é, segundo o que julgar conveniente.




Programação da Capela para a semana

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Salve Maria!

Prezados fiéis,
Segue abaixo a programação de nossa Capela para os dias restantes dessa semana. Todos estão convidados!


Quarta-feira (24/02)
Rosário dos Congregados Marianos em honra à São José 
19:30hrs

Quinta-feira (25/02)
Hora Santa
20hrs

Sexta-feira (26/02)
Oração da Via-Sacra
20hrs

Sábado (27/02)
Oração do Rosário
19:30hrs

Domingo (28/02)
Oração do Rosário seguido pelo estudo do catecismo para adultos e
Catecismo para as crianças
9hrs

FALAM ALGUNS MEMBROS FUNDADORES DA MISSÃO CRISTO REI DE IPATINGA: ATO DE REPÚDIO

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ATO DE REPÚDIO

Os signatários deste comunicado, todos da Missão Cristo Rei de Ipatinga, repudiam veementemente a “Carta aberta aos católicos” assinada pelo Sr. Thiago Guerino Ferreira, da mesma Missão, em razão dos seguintes pontos:

1-      Publicação de emails sem autorização das partes.
2-      Análise temerária de fragmentos sem devida contextualização e fundamentação teológica-doutrinal.
3-      Conclusão de que os senhores bispos, padres e religiosos da União Sacerdotal Marcel Lefebvre são liberais.

Não analisaremos o mérito das proposições, pois julgamos que, se necessário, os acusados mesmo responderão.

Ana Paula
André Rodrigo
Bruno Cruz
Kennedy Borges
Larissa Lopes
Ludimila Gomes
Marcos Salomão
Patrícia Medeiros
Ronei Marcos

Obs 1: A versão espalhada nas redes sociais antes da oficial não foi autorizada pelos signatários deste ato. 

Obs 2: O ato não significa um rompimento oficial dos signatários com o Rev. Pe. Cardozo, com quem queremos conversar pessoalmente, e a quem devemos muito. 

Obs 3: Os nove signatários deste ato não representam ainda a totalidade dos fiéis que discordam do que está acontecendo, portanto, pedimos aos comentadores da polêmica que, ao citar a Missão Cristo Rei de Ipatinga, façam as devidas ressalvas. 

Obs 4: Lamentamos ter que fazer isso, pois se trata de um problema a ser resolvido entre os clérigos. Contudo, tendo em vista a vinculação de nossos nomes à atitude do referido autor, lamentavelmente, tivemos que tornar público isso.

Viva Cristo Rei! 

Uma hierarquia para duas igrejas

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Se vocês não lerem muito, cedo ou tarde serão traidores, porque não terão compreendido a raiz do mal. (Do liberalismo a apostasia)
Protegei e alimentai vossa Fé por meio de leituras. Não me é possível citar todas as publicações, todas as revistas, tudo que, graças a Deus, tem sido suscitado por almas ferventes e inteligentes, que compreenderam a necessidade de ajudar os fieis a conservar a Fé Católica (...) (mons. Lefebvre, sermão em 19/11/1989)
"Penso que vossos aplausos de uns momentos atrás eram uma manifestação espiritual que traduz vossa alegria por ter enfim bispos e sacerdotes católicos que salvem vossas almas, que deem a vossas almas a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da doutrina, dos sacramentos, da fé e do Santo Sacrifício da Missa. A vida de Nosso Senhor, da qual tendes necessidade para ir ao Céu, está desaparecendo em todas as partes nesta igreja conciliar. (...) (mons Lefebvre, sermão das Sagrações Episcopais de 88)
Devido a insuficiência de formação doutrinária sobre a questão das duas Igrejas que existem após o Vaticano II, disponibilizamos aqui o estudo dos Dominicanos de Avrillé.

Uma hierarquia para duas igrejas

Dominicanos de Avrillé

Le Sel de la Terre n°59, inverno de 2006-2007


***
   Em uma carta datada de 25 de junho de 1976 enviada a Monsenhor Lefebvre por parte do Papa, Monsenhor Giovanni Benelli emprega pela primeira vez uma expressão que se tornou famosa: “A Igreja Conciliar.” “Se eles (os seminaristas) são de boa vontade e seriamente preparados para um ministério presbiterial na verdadeira fidelidade à Igreja Conciliar, encarregar-nos-emos de encontrar a melhor solução para eles.”
   Desta Igreja conciliar temos falado frequentemente em “Le Sel de la Terre”, mas não nos é inútil voltar a esta questão já que é tão importante. A questão que particularmente queremos abordar aqui é a seguinte: A Igreja católica e a Igreja conciliar têm uma mesma hierarquia?
ESTADO DA QUESTÃO
   Por princípio, de onde partimos? Procuraremos definir as duas Igrejas em questão. Fá-lo-emos segundo as quatro causas que geralmente distinguem a filosofia escolástica.
   Uma sociedade é um ser moral (no caso da Igreja Católica, não há somente união moral. Também há união espiritual devido à participação de bens sobrenaturais - a fé, por exemplo: é uma união de pessoas que estão unidas pelo mesmo fim - um mesmo bem comum). Pode-se distinguir:
- A causa material, são as pessoas que estão unidas na sociedade. Diremos que no caso da Igreja Católica como no da Igreja conciliar, são os batizados (com um batismo válido).
- A causa eficiente é o fundador da sociedade: Nosso Senhor Jesus Cristo no caso da Igreja Católica, os papas do concílio, no caso da Igreja conciliar. Depois da ascensão de seu fundador, é a autoridade quem continua fazendo o papel de causa eficiente e mantém unida à sociedade. Atualmente, é essa mesma hierarquia que cumpre o papel de causa eficiente para a Igreja Católica e para a Igreja conciliar.
- A causa final é o bem comum buscado pelos membros da sociedade: no caso da Igreja Católica, o bem que se busca é a salvação; no caso da Igreja conciliar o bem que se busca é – mais ou menos conscientemente – a unidade do gênero humano (o ecumenismo em sentido amplo) “O que define melhor toda a crise da Igreja é verdadeiramente este espírito ecumênico-liberal” (Monsenhor Lefebvre, conferência de 4 de abril de 1978).
- A causa formal é a união dos espíritos e vontades dos membros na busca do bem comum. Na Igreja Católica, há união de espíritos em uma mesma profissão de fé e uma união de vontades na prática de um mesmo culto e na obediência aos mesmos pastores (portanto às leis que eles estabelecem, a saber, o Direito Canônico). Na Igreja conciliar, encontra-se também uma união de espíritos na aceitação de um mesmo ensinamento (o Concílio) e união de vontades na prática da nova liturgia e na obediência às novas diretrizes da hierarquia pós-conciliar (como o novo código de direito canônico). (Esta união de espíritos e de vontades é muito menos estrita na Igreja conciliar que na Igreja Católica. Basta “aceitar o concílio” e em seguida cada qual pode fazer o que quiser).
 Podemos definir a Igreja católica como a sociedade de batizados que buscam salvar suas almas professando a fé católica, praticando o mesmo culto católico e obedecendo aos mesmos pastores, sucessores dos Apóstolos.
   Quanto à Igreja Conciliar, ela é a sociedade de batizados que se submetem às diretivas do papa e dos bispos atuais em sua vontade de promover o ecumenismo conciliar e que, por consequência, admitem todo o ensinamento do Concílio, praticando a nova liturgia e submetendo-se ao novo direito canônico.
   Nestas condições, é possível que uma mesma hierarquia possa dirigir as duas sociedades?
OBJEÇÕES
- Primeira objeção: Não é possível que uma mesma hierarquia dirija duas Igrejas. Pode se imaginar que um mesmo patriarca possa dirigir os coptas católicos e os coptas ortodoxos? Portanto é impensável imaginar uma hierarquia comum à Igreja Católica e à Igreja Conciliar.
- Segunda objeção: De fato, não há uma hierarquia, senão duas. De um lado estão os bispos conciliares que dirigem a Igreja conciliar e do outro os bispos da Tradição que dirigem a Tradição, ou seja, a Igreja Católica.
- Terceira objeção: Quem não vê que a hierarquia da Igreja Conciliar é uma pseudo-hierarquia? O papa não é papa porque não é católico; quanto aos bispos, não são bispos porque o rito das consagrações episcopais não é válido.
[Nós adicionamos uma quarta objeção, lida na internet. Diz essa objeção: “a religião do Concílio Vaticano II é uma religião especificamente distinta e inclusive oposta à católica. É impossível que a religião conciliar esteja dentro da Igreja Católica”. Respondemos: a ideia é esta: “a religião conciliar é uma heresia e é impossível que haja hereges dentro da Igreja Católica”. Mas a verdade é que se pode professar a religião conciliar sem culpa, incorrendo em heresia apenas material, e dado que os batizados que incorrem em heresia unicamente material não deixam de pertencer à Igreja, pode-se professar a religião conciliar sem deixar de ser católico ou de estar na Igreja Católica.-Nota do blog Non Possumus]
ARGUMENTO DE AUTORIDADE
   Nós não somos os primeiros a afirmar que as duas Igrejas têm a mesma hierarquia. Esta afirmação se encontra com a maioria dos que abordaram a questão antes de nós:
   “Que exista no presente duas Igrejas, com um só e mesmo papa Paulo VI à cabeça de uma e outra, nós não o dissemos por nada, não o inventamos, nós constatamos que é assim.” Gustavo Corção na revista Itineraires de novembro de 1974, em seguida o padre Bruckberger no “L’Aurore” de 18 de março de 1976 tem-no sublinhado publicamente: a crise religiosa não é como no século XVI de ter para uma só Igreja dois ou três papas simultaneamente; agora é de ter um só papa para duas Igrejas, a Católica e a pós-conciliar […]
   O mundo moderno nos apresenta um espetáculo oposto ao do grande cisma do ocidente: duas Igrejas com um só Papa.
   O texto mais interessante é do padre Julio Meinvielle. Data de 1970: é o primeiro texto que conhecemos sobre este assunto. O sacerdote argentino escreveu – e é a conclusão de seu magistral livro “De la Cábala ao progresismo”:
   “Um mesmo Papa presidiria ambas Igrejas, que aparente e exteriormente não seriam senão uma. O Papa, com suas atitudes ambíguas daria pé para manter o equívoco. Porque, por um lado, professando uma doutrina inatacável, seria a cabeça da Igreja das Promessas. Por outro lado, produzindo atos equívocos e até reprováveis, apareceria encorajando a subversão e mantendo a Igreja gnóstica da Publicidade.
   A eclesiologia não tem estudado suficientemente a possibilidade de uma hipótese como a que aqui propomos. Mas se pensarmos bem, a Promessa de assistência da Igreja se reduz a uma assistência que impeça o erro de introduzir-se na Cátedra Romana e na mesma Igreja, e ademais que a Igreja não desapareça nem seja destruída pelos seus inimigos”.
REFLEXÃO TEOLÓGICA.
   Nosso Senhor prometeu que as portas do inferno – os poderes infernais – jamais prevalecerão contra sua Igreja. Portanto ela é indefectível: ela deve continuar até o fim dos tempos para fornecer às almas de boa vontade os meios de salvação, a saber: a sã doutrina, sacramentos válidos, o santo Sacrifício da Missa, uma autêntica vida espiritual. Tudo isto supõe que a hierarquia católica durará até o fim do mundo e poderá – ao menos para os que verdadeiramente o desejam, cumprir com seu fim que é conduzir as almas ao Céu.
   Além disso, Nosso Senhor também anunciou que sua segunda vinda seria precedida de uma “tribulação tal que não houve desde o princípio do mundo até agora, e não haverá outra.” (Mt. XXIV, 21). Esta tribulação será acompanhada de uma decaída da fé ao ponto que Nosso Senhor se pergunta se encontrará ainda fé sobre a terra no momento de sua segunda vinda (Lc. XVII, 8). Esta apostasia está profetizada por São Paulo (II Tes. III, 4) e São Tomás de Aquino explica comentando este versículo, que os povos cristãos se emanciparão da fé da Igreja Romana. Isto parece indicar bem que uma boa parte da hierarquia será infiel à sua missão.
   No tempo que precede à vinda de Nosso Senhor, o sol e a lua não iluminarão mais (Mt. XVIII, 8), o que, em sentido simbólico, significa que a Igreja e a sociedade cristã perderão a sua influência.
RESPOSTAS ÀS OBJEÇÕES.
   Podemos agora responder às objeções contra a possibilidade de uma única hierarquia para as duas “Igrejas”.
- O erro da primeira objeção é o de imaginar a Igreja conciliar como uma sociedade que impõe formalmente o cisma ou a heresia, tal como uma igreja ortodoxa ou uma comunhão protestante. Se eu me adiro à igreja anglicana, por exemplo, sou formalmente cismático, ou seja, herege, e já não faço parte da Igreja Católica.
   Mas eu posso ser conciliar – ou seja, para simplificar, ecumenista – conservando a fé católica.Sem dúvida que ponho minha fé, e a de outros, em perigo. Mas não abjuro dela em seguida.
   É por isso que os membros da hierarquia, desde o momento em que não levam seus erros ao ponto de renegar a fé católica, continuam sendo membros da hierarquia católica, inclusive quando são conciliares.
   O que concedemos ao objetante é que os bispos da Tradição não formam parte da Igreja conciliar.
- Contrariamente ao que declara a segunda objeção, os bispos conciliares e os bispos da Tradição não constituem duas hierarquias. Monsenhor Lefebvre, ao consagrar os bispos em 30 de junho de 1988, protestou contra a ideia de estabelecer outra hierarquia. Não há mais do que uma hierarquia, tendo em sua cabeça o papa e sob ele todos os bispos católicos (inclusive os da Tradição).
   Quando um sacerdote da Tradição celebra a santa Missa, nomeia no cânon os membros da hierarquia: o papa e o bispo do local.
   O que dá uma aparência de verdade à objeção, é que o papa e os bispos atuais, muito frequentemente, atuam como representantes da Igreja conciliar: nesta qualidade – quando promovem os novos sacramentos, o novo catecismo, etc. – os bons católicos, com razão, não os obedecem.
- Quanto à terceira objeção, esta repousa em afirmações gratuitas, como temos explicado muitas vezes nesta revista. Ninguém jamais apontou a prova decisiva de que o papa não seja papa, nem que os bispos atuais sejam consagrados com um rito inválido. Temos de tê-los – pela falta de prova em contrário – por representantes da hierarquia, resistindo-lhes quando utilizam sua posição para impor os erros conciliares.
ANEXO SOBRE A IGREJA CONCILIAR
Monsenhor Lefebvre:
   Um tempo após haver recebido a carta de Monsenhor Benelli, em 29 de julho, Monsenhor Lefebvre comentou também esta expressão “igreja conciliar”:
    "Nada mais claro! De agora em diante, é à igreja conciliar que se deve obedecer e ser fiel, já não à Igreja católica. Esse é precisamente todo o nosso problema. Nós estamos suspensos a divinis pela Igreja conciliar, e para a Igreja conciliar, da qual nós não queremos fazer parte.
   Esta igreja conciliar é uma igreja cismática, porque ela rompe com a Igreja católica de sempre. Tem seus novos dogmas, seu novo sacerdócio, suas novas instituições, seu novo culto já condenado pela Igreja em repetidos documentos oficiais e definitivos.
   É por isso que os fundadores da igreja conciliar insistem tanto sobre a obediência hoje em dia, fazendo abstração da Igreja de ontem, como se ela já não existisse.
   (…)A igreja que afirma semelhantes erros, é por sua vez cismática e herética. Esta igreja conciliar não é, portanto, católica. Na medida em que o papa, os bispos, sacerdotes ou fiéis aderem a esta nova igreja, eles se separam da igreja católica. A igreja de hoje não é a verdadeira Igreja mais que na medida que ela continue em unidade com a Igreja de ontem e de sempre. A norma de fé católica é a Tradição”.
Outras citações de Monsenhor Lefebvre:
   "Deste concílio nasceu uma nova igreja reformada que o mesmo Monsenhor Benelli chama a igreja conciliar.
É muito fácil pensar que qualquer um que se oponha ao concílio, seu novo evangelho, será considerado como fora da comunhão da Igreja. Podemos lhes perguntar: de qual Igreja? Eles respondem: da igreja conciliar. (Acuso o Concílio, pg. 7)
Este concílio representa, tanto aos olhos das autoridades romanas como aos nossos, uma nova igreja que eles chamam “a igreja conciliar”. (…)
   Todos os que cooperam na aplicação desta alteração, aceitam e aderem a esta nova igreja conciliar, como a designou Monsenhor Benelli na carta que me enviou da parte do Santo Padre, em 25 de junho passado (1976), entram no cisma” (Um Bispo Fala, pgs. 97 e 98).
   "A nova missa, como a nova igreja conciliar, está em ruptura profunda com a Tradição e o magistério da Igreja. É uma concepção mais protestante que católica que explica tudo o que está indevidamente exaltado e tudo o que tem sido reduzido (...) A reforma litúrgica de estilo protestante é um dos maiores erros da igreja conciliar e um dos mais nocivos à fé e à graça.” (Carta Aberta ao Papa, suplemento nº 37 de Fideliter, janeiro-fevereiro de 1984, pg. 10).
   "Os católicos que se assustam com a nova linguagem utilizada pela igreja conciliar, têm a vantagem de saber que isto não é novo, que Lamennais, Fuchs, Loisy o iniciaram desde um século atrás, e que eles mesmos não fizeram mais que reunir todos os erros que correram no curso dos séculos” (Carta Aberta aos Católicos Perplexos, cap. 16).
   "O cardeal Ratzinger se esforça uma vez mais em dogmatizar o Vaticano II. Nos deparamos com pessoas que não têm nenhuma noção da Verdade. Estaremos cada vez mais forçados a atuar considerando esta nova igreja como já não católica” (Carta de Monsenhor Lefebvre a Jean Madiran, em 29 de janeiro de 1986).
   "Louis Veuillot disse: “Dois poderes vivem e estão em guerra no mundo: A Revelação e a Revolução”. Escolhemos conservar a Revelação enquanto que a igreja conciliar escolheu a Revolução. A razão de nossos vinte anos de combate está nesta escolha” (Conferência em Ecône em setembro de 1986, Fideliter 55, pg. 18).
   "Como é este espírito de diálogo liberal que é inculcado desde o início aos sacerdotes e missionários, compreendemos por que a igreja conciliar tem perdido completamente seu zelo missionário, o espírito mesmo da Igreja” (O Destronaram, pg. 104).
   (…) "Esperando que vós possais realizar meu desejo de uma revista que destrua os erros do concílio e da igreja conciliar professados cada vez mais abertamente pelo papa e a cúria romana, trazendo à luz a doutrina católica. Agora enfrentamo-nos com os assassinos da fé católica, sem nenhuma vergonha” (Carta de Monsenhor Lefebvre ao padre prior de Avrillé, 7 de janeiro de 1991).
   Terminemos com um extrato do sermão de Monsenhor Lefebvre em 30 de junho de 1988, durante a consagração dos quatro bispos:
   "Penso que vossos aplausos de uns momentos atrás eram uma manifestação espiritual que traduz vossa alegria por ter enfim bispos e sacerdotes católicos que salvem vossas almas, que deem a vossas almas a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da doutrina, dos sacramentos, da fé e do Santo Sacrifício da Missa. A vida de Nosso Senhor, da qual tendes necessidade para ir ao Céu, está desaparecendo em todas as partes nesta igreja conciliarSegue uns caminhos que não são os caminhos católicos. Simplesmente conduzem à apostasia. (...)
   Se estou no erro, se ensino erros, está claro que se me deve trazer de novo à verdade, de acordo com os que me enviam este protocolo para ser assinado reconhecendo meus erros. Como se me dissessem: se reconhece seus erros, lhe ajudaremos para que volte à verdade. Que verdade é esta, segundo eles, senão a verdade do Vaticano II, a verdade desta igreja conciliar? Portanto é certo que para o Vaticano a única verdade que existe hoje é a verdade conciliar, o espírito do Concílio, o espírito de Assis. Essa é a verdade de hoje. E isso não o queremos por nada do mundo.”
Outras citações:
   Não foi Monsenhor Lefebvre o único em utilizar esta expressão. O Padre Calmel, em 1971, falava da falsa igreja pós-conciliar.
   "A falsa igreja que vemos entre nós desde o curioso concílio Vaticano II, afasta-se sensivelmente, ano a ano, da Igreja fundada por Jesus Cristo. A falsa igreja pós-conciliar se distancia cada vez mais da Santa Igreja que salva as almas há vinte séculos. A pseudo-igreja em construção se divide cada vez mais da Igreja verdadeira, a única Igreja de Cristo, pelas inovações mais estranhas, tanto na constituição hierárquica como no ensino da moral”.
   Sob expressões análogas, encontramos a mesma noção em Gustavo Corção, em 1974 e 1978:
 Esta desordem que reina no cristianismo, amplifica-se dia a dia, e nos deixa em uma situação única na história depois da santa natividade de Nosso Senhor: nós já não sabemos onde está nossa Igreja! Pelos sinais visíveis, temos uma ideia de pesadelo: o mundo moderno nos apresenta um espetáculo oposto ao do grande Cisma do Ocidente: duas Igrejas com um só papa.
   Minha convicção firme e tenaz, tantas vezes sustentada aqui e em todas as partes, é que entre a Religião Católica professada em todo o mundo católico até poucos anos atrás e esta religião imposta abertamente ao século como "nova", "progressista", "evoluída", existe uma diferença de espécie ou diferença por alteridade. Temos atualmente duas Igrejas, governadas e servidas pela mesma hierarquia: a Igreja Católica de sempre, e a Outra. (…)
   E note bem, leitor: quando dou a essa “outra” o nome de Igreja pós-conciliar não é de modo algum para insinuar aos espíritos a infeliz ideia de que, após o Concílio, a Igreja de Cristo se transformou a ponto de tornar-se irreconhecível, nem que os fiéis de boa doutrina católica devam submeter-se por pura obediência a esta nova forma visível da Igreja, na qual a maioria das pregações e dos novos ensinamentos são radicalmente estranhos e algumas vezes opostos à doutrina católica. Não! A Igreja Católica e Apostólica existindo no mundo após o concílio, submetida a duras provações, mas sempre fiel na conservação do depósito sagrado.
   Se o leitor me pede algumas essenciais diferenças que separam as duas religiões, eu respondo: diferença de espírito, diferença de doutrina, diferença de culto e diferença moral. Como terei chegado a tão assustadora convicção? Pois bem, como todos os católicos que compartilham comigo tal convicção: por anos de sofrimentos e reflexão. Começamos por confrontar os novos textos, as novas alocuções, as novas publicações pastorais com a doutrina ensinada até... anteontem. A começar pelos textos saídos dos mais altos escalões, cujo exame doloroso nos força a concluir que estão inspirados por outro espírito e se firmam em outra doutrina.”
   Em 1976, no Supplement-Voltigeur da revista Itineraires, Jean Madiran escreveu:
"FORA DE QUAL IGREJA?
   Em seu discurso ao consistório de 24 de maio (1976), onde Monsenhor Lefebvre é mencionado muitas vezes, Paulo VI (...) o acusa de se colocar fora da Igreja”.
   Porém fora de qual Igreja? Há duas. E Paulo VI não renunciou a ser papa destas duas igrejas simultaneamente. Nestas condições, “fora da Igreja” resulta em equívoco e não resolve nada.
   Que haja na atualidade duas Igrejas com um só e mesmo Paulo VI à frente de uma e da outra, não o inventamos, constatamos que é assim.
   Alguns episcopados que se declaram em comunhão com o papa, e que o papa não nega sua comunhão, têm saído objetivamente da comunhão católica (...) Sim, mas prevaricadores, desertores, impostores, Paulo VI segue sendo sua cabeça sem desaprová-los e nem corrigi-los, conserva-os em sua comunhão, ele preside esta igreja também (...).
   Se o concílio tem sido interpretado constantemente como o foi, é com o consentimento ativo ou passivo dos bispos em comunhão com o papa. Assim  se  constituiu uma  igreja conciliar, diferente da Igreja Católica. (…)
   Há duas Igrejas sob Paulo VI. Não ver que são duas, ou não ver que são completamente diferentes uma da outra, ou não ver que Paulo VI até agora preside uma e outra, é a cegueira, e em certos casos pode ser uma cegueira invencível. Mas tendo-o visto e não tendo-o dito seria a cumplicidade de seu silêncio e uma anomalia monstruosa.
   Gustavo Corção na revista Itinerários de novembro de 1974, logo em seguida o Padre Bruckberger em L’Aurore de 18 de março de 1976, expressaram-no publicamente: A crise religiosa já não é como no século XVI, quando se teve uma só Igreja e dois ou três papas simultaneamente: Hoje é ter um só papa para duas Igrejas, a católica e a pós-conciliar " (...)
   O Padre Meinvielle, em 1970, falava da Igreja da publicidade para designar o que chamamos a igreja conciliar: mas ele descreve muito bem a situação atual, de uma mesma hierarquia governando duas Igrejas:
   "Não é necessária muita perspicácia para ver que desde há cinco séculos o mundo se está conformando à tradição cabalística – O mundo do Anticristo de adianta velozmente. Tudo ocorre para a unificação totalitária do filho da perdição. Daí também o êxito do progressismo. O cristianismo se seculariza ou vai se tornando ateu.
   Como se hão de cumprir, nesta era cabalística, as promessas de assistência do Divino Espírito à Igreja e como se verificará o portae in feri non prevalebunt, as portas do inferno não prevalecerão, não cabe na mente humana. Mas assim como a Igreja começou sendo uma semente pequeniníssima1, e se fez árvore e árvore frondosa, assim pode reduzir-se em sua abundância e ter uma realidade muito mais modesta. Sabemos que o mysterium iniquitatis já está trabalhando2; mas não sabemos os limites de seu poder. Por outro lado, não há dificuldade em admitir que a Igreja da publicidade possa ser enganada pelo inimigo e converter-se de Igreja Católica em Igreja gnóstica. Pode haver duas Igrejas, uma, a da publicidade, Igreja magnificada na propaganda, com bispos, sacerdotes e teólogos publicitários, e ainda com um Pontífice de atitudes ambíguas; e outra, Igreja do silêncio, com um Papa fiel a Jesus Cristo em seu ensinamento e com alguns sacerdotes, bispos e fiéis que lhe sejam dependentes, espalhados como "pusillus grex" por toda a terra. Esta segunda seria a Igreja das promessas, e não aquela primeira, que poderia deserdar. Um mesmo Papa presidiria ambas Igrejas, que aparente e exteriormente não seria senão uma. O Papa, com suas atitudes ambíguas, daria subsídios para manter o equívoco. Porque, por um lado, professando uma doutrina intocável seria cabeça da Igreja das promessas. Por outro lado, produzindo atos equívocos e quiçá reprováveis, apareceria como alentando a subversão e mantendo a Igreja gnóstica da Publicidade.
   A eclesiologia não estudou suficientemente a possibilidade de uma hipótese como a que aqui propusemos. Mas se se pensa bem, a Promessa de Assistência da Igreja se reduz a uma Assistência que impeça que o erro se introduza na Cátedra Romana e na mesma Igreja, e além disso que a Igreja não desapareça nem seja destruída por seus inimigos."
(1) Mq 13, 32.
(2) 2 Ts 2, 7.
                            Fonte: http://nonpossumus-vcr.blogspot.com.br/
                            Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias        

A Nova Missa e a Fé Católica

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A Nova Missa e a Fé Católica

A Igreja de Cristo foi instituída para uma dupla missão: uma missão de fé e uma missão de evangelização dos homens redimidos pelo sangue do Salvador. A Igreja deve entregar aos homens a fé e a graça: a fé através de seu ensinamento, a graça através dos sacramentos que lhe confiou Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sua missão de fé consiste em transmitir aos homens a Revelação, feita ao mundo por Deus, das realidades espirituais e sobrenaturais, assim como sua conservação, através do tempo e dos séculos, sem alterações. A Igreja Católica é, antes de tudo, a fé que não muda; é como - disse São Paulo - “A coluna de verdade”, a qual é sempre fiel a si mesma e inflexível testemunha de Deus - atravessa o tempo dentro de um mundo em perpétuas mudanças e contradições.
Através dos séculos, a Igreja Católica ensina e defende sua fé em nome de um só critério: “O que sempre acreditou e ensinou”. Todas as heresias, contra as quais a Igreja constantemente enfrentou, foram sempre julgadas e reprovadas em nome da não conformidade com este princípio. O primeiro princípio reflexo da hierarquia na Igreja, e especialmente da romana, foi manter sem mudanças a verdade recebida dos Apóstolos e do Senhor. A doutrina do Santo Sacrifício da Missa pertence a este tesouro de verdade da Igreja. E, se hoje em dia, nesta matéria em particular, aparece uma espécie de ruptura com o passado da Igreja, tal novidade deveria alertar qualquer consciência católica, como nos tempos de grandes heresias nos séculos passados, e provocar universalmente uma confrontação com a fé da Igreja que não muda.



O que é a Missa?


Desde logo, bem sabemos que a Missa antiga não nos foi dada toda pronta. Ela conservou o essencial das celebrações feitas pelos Apóstolos por ordem de Cristo; e se foram aderindo novas orações, louvores e precisões, para explicar melhor o mistério eucarístico e preservá-lo das negações heréticas.
Assim, a Missa foi elaborada progressivamente, em torno a um núcleo primitivo que nos legaram os Apóstolos, testemunhas da instituição de Cristo. Como uma moldura que sustenta uma pedra preciosa ou o tesouro confiado à Igreja, a santa Missa foi pensada, ajustada, ornada como uma música. O melhor foi escolhido, como na construção de uma catedral. Explicitou com arte o que tinha de implícito em seu mistério. Podemos dizer que, como a semente de mostarda, lançou ramos, porém já estava tudo contido na semente.
Esta progressiva elaboração ou explicação foi concluída, quanto ao essencial, na época do Papa São Gregório, no século VI. Só se acrescentou posteriormente alguns complementos secundários. Este trabalho dos primeiros séculos do cristianismo realizou assim uma obra de fé para pôr ao alcance da inteligência humana, a instituição de Cristo, na sua verdade reconhecida.
A Missa é, portanto, a explicitação do mistério eucarístico e sua celebração.

A doutrina católica definida
Diante das negações de Lutero, o Concílio de Trento reafirmou a doutrina intangível da Igreja Católica e a definiu, quanto ao Santo Sacrifício da missa, essencialmente nos três pontos de doutrina seguintes:
1. A presença de Cristo é real na Eucaristia;
2. A Missa é um verdadeiro sacrifício, é substancialmente o sacrifício da cruz, renovado, verdadeiro sacrifício propiciatório ou expiatório em remissão dos pecados, e não unicamente sacrifício de louvor ou de ação de graças;
3. O papel do sacerdote, no oferecimento do Santo Sacrifício da Missa, é essencial e exclusivo: o sacerdote, e só ele, recebeu, por meio do sacramento da Ordem, o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de Cristo.
A Missa tradicional milenar, latina e romana, expressa com suma claridade toda a densidade desta doutrina, sem suprimir nada do mistério.

O que ocorre com a Missa nova?
Sabemos que a nova Missa foi imposta ao mundo católico por necessidades ecumênicas porque era o maior obstáculo à unidade com os reformados do século XVI. Em efeito, a Santa Missa tradicional afirma com precisão, sem evasivas, a fé católica que negam os protestantes, nos três pontos essenciais da doutrina da Missa, que são:
A realidade da presença real;
A realidade do sacrifício;
A realidade do poder sacerdotal.
A nova Missa vai simplesmente abafar esta fé católica. Assim, o novo rito introduzido, que se tornou indiferente ao dogma, poderá acomodar-se com uma fé puramente protestante, ou inclusive servir de ponto de encontro ao mundo da unidade ecumênica para uma celebração única, na qual os dogmas discutidos foram velados com prudência, e só foram conservados os gestos, as expressões e as atitudes que podem ser interpretadas segundo a fé de cada um. Pode-se negar a evidência dos fatos? As mudanças trazidas pela Missa nova correspondem precisamente aos pontos de doutrina contestados por Lutero.

A Missa nova e a Presença real
Na Missa nova, a presença real não tem mais o papel central que a antiga liturgia eucarística evidenciava.
Foi eliminada qualquer referência, até mesma indireta, à presença real.
Damo-nos conta com assombro que os gestos e sinais com os quais se expressava de maneira espontânea a fé na presença real foram abolidos ou gravemente alterados.
Mesmo as genuflexões - gestos expressivos da fé católica - foram suprimidas como tais. Apesar de que, por exceção, foi conservada a genuflexão depois da elevação. Por desgraça, devemos observar que se perdeu o seu significado exato de adoração à presença real.
Na Missa tradicional, depois das palavras da consagração, o sacerdote faz imediatamente uma primeira genuflexão, que significa - sem equívoco possível - que Cristo se acha no altar, realmente presente, e isso é a causa das próprias palavras da consagração pronunciadas pelo sacerdote. Após a elevação, o sacerdote faz uma segunda genuflexão: tem o mesmo sentido que a primeira e justapõe uma inexistência. Na Missa nova se suprimiu a primeira genuflexão. Mas, no entanto, se conservou a segunda. Essa é a armadilha para gente mal informada das astúcias do modernismo: com efeito, esta segunda genuflexão, isolada da primeira, pode agora receber uma interpretação protestante. Apesar de que a fé protestante não se acomoda com a presença real física de Cristo na Eucaristia, reconhece, porém, certa presença espiritual do Senhor devida à fé dos crentes. Daí, pois, na nova Missa, o celebrante não adora em seguida a Hóstia que acaba de consagrar, mas em primeiro lugar eleva-a e a apresenta à assembléia dos fiéis, a qual engaja sua fé em Cristo, e esta fé o faz presente de maneira espiritual. Logo, se ajoelha e se adora, o que pode ser feito num sentido inteiramente protestante de uma presença exclusivamente espiritual.
O rito exterior pode assim acomodar-se com uma fé exclusivamente subjetiva, e inclusive com a negação do dogma da Presença real. A genuflexão mantida depois da elevação da Hóstia e do cálice pode agora ser interpretada do modo protestante. Tem agora uma significação que pode adaptar-se à fé de cada um e, por isso, é equívoca. Tal rito não segue sendo a expressão clara da fé católica.
Outras alterações do rito tradicional – mesmo quando são menos graves que as que tocam o coração da Missa - levam todas, porém, a uma diminuição do respeito devido à Sagrada Presença. Nesta ordem, devem ser mencionadas as seguintes supressões, que, isoladas, poderiam parecer menores, contudo, consideradas no seu conjunto, indicam-nos o espírito que prevaleceu nas reformas. Suprimiram-se:
A purificação dos dedos do sacerdote sobre o cálice e no cálice;
A obrigação para o sacerdote de manter juntos os dedos que tocaram a hóstia depois da Consagração, para evitar qualquer contato profano;
A pália que protege o cálice;
O dourado obrigatório do interior dos vasos sagrados;
A consagração do altar, se for fixo;
A pedra sagrada e as relíquias postas no altar, se for móvel;
As toalhas para o altar, cuja quantidade foi reduzida de três para uma;
- As prescrições para o caso de uma Hóstia consagrada cair no solo.


A estas supressões, que representam uma diminuição do respeito que se deve à presença real, é importante acrescentar as atitudes que se inclinam no mesmo sentido e que foram quase impostas aos fieis:


A comunhão de pé e quase sempre na mão;


A ação de graças que - muito curta – se convida a fazer sentado;


A posição de pé depois da consagração.


Todas essas alterações, agravadas pelo afastamento do sacrário, muitas vezes relegado para um canto do presbitério, convergem na mesma orientação que consiste em manter em silêncio o dogma da presença real. Estas observações se aplicam ao novo Ordo Missae, seja qual for o cânon que se escolha, inclusive se a nova Missa se disser com o ‘cânon romano’.



A Missa nova e o Sacrifício Eucarístico


Além do dogma da presença real, o Concílio de Trento definiu a realidade do sacrifício da Missa, que é a renovação do sacrifício do calvário e que nos aplica os seus frutos de salvação para a remissão dos pecados e nossa reconciliação com Deus. Assim, a Missa é um sacrifício. Também é uma comunhão, porém uma comunhão ao sacrifício previamente celebrado: um convite, no qual se come a vítima imolada do sacrifício. Então, a Missa é, em primeiro lugar, um sacrifício e, em segundo lugar, uma comunhão ou comida.
Pois bem, toda a estrutura da nova Missa acentua o aspecto da celebração como comida, em prejuízo do aspecto sacrifical. Isso vai, portanto, mais gravemente no sentido da heresia protestante.
A substituição do altar do sacrifício pela mesa voltada para os fiéis testemunha, por si só, toda uma nova orientação. Pois, se a Missa é uma simples comida, é conforme os costumes reunir-se ao redor de uma mesa, e não interessa para nada um altar erigido frente à cruz do Calvário.
Assim também, a “Liturgia da Palavra” (que nos convidam também a chamar de “mesa da palavra”) foi desenvolvida a ponto de ocupar a maior parte do espaço-tempo da nova celebração e diminui, portanto, na mesma proporção, a atenção devida ao mistério eucarístico e ao seu sacrifício. Essencialmente, cabe destacar a supressão do Ofertório da vítima do sacrifício e sua substituição pela oferenda dos dons. Esta substituição torna-se propriamente grotesca e até parece caricatura, pois significa a oferenda de um pouco de pão e de algumas gotas de vinho, fruto da terra e do trabalho dos homens, que nos atrevemos a apresentar a Deus soberano. Até mesmo os pagãos faziam muito melhor, já que não ofereciam para a divindade migalhas de pão, senão algo mais substancial: um touro ou outro animal, cuja imolação era para eles um verdadeiro sacrifício. Lutero se sublevou de modo patente contra a presença do Ofertório no sacrifício na Missa católica. Não tinha se equivocado em sua perspectiva negadora: só a presença da oferenda da vítima já é a incontestável afirmação de que se trata realmente de um sacrifício, e de um sacrifício expiatório para a remissão dos pecados. O Ofertório da Missa católica era, então, um obstáculo para o ecumenismo. Não duvidaram em caricaturá-lo e aí também agir violentamente contra a fé católica. O antigo Ofertório precisava a oblação do próprio sacrifício de Cristo: “Recebei, Pai santo... esta hóstia imaculada”... (hanc immaculátam hóstiam) “Nós Vos oferecemos, Senhor, o cálice da salvação”... (cálicem salutáris).
Não era nem o pão nem o vinho que se oferecia a Deus, mas já a hóstia imaculada, o cálice da salvação, na perspectiva da consagração que se fará a seguir. Alguns liturgistas, preocupados demais com a letra do rito, pretendiam que se tratasse de uma antecipação. Estavam muito enganados. A intenção da Igreja, expressa através do sacerdote, é efetivamente a de oferecer a própria vítima do sacrifício (e de forma alguma o pão e o vinho). No sacrifício da missa, tudo se realiza no momento exato da consagração, quando o sacerdote atua “in persona Christi” e quando o pão e o vinho são transubstanciados no corpo e no sangue de Cristo. Mas, posto que todas as riquezas espirituais do mistério eucarístico não se podem expressar ao mesmo tempo, a liturgia da Missa as expõe a partir do Ofertório. Logo, não se trata de antecipação, mas de perspectiva.
Na nova Missa, suprimiu-se então o Ofertório da vítima do sacrifício, mas suprimiram-se igualmente os sinais da cruz sobre as oblatas, os quais eram uma constante referência à cruz do Calvário.
Assim, de maneira convergente, a primeira realidade da Missa, a renovação do sacrifício do Calvário, está diminuída nas suas expressões concretas. E isso está inclusive no centro da celebração. Com efeito, as palavras da Consagração no rito inovador são pronunciadas pelo sacerdote em um tom narrativo, como se fosse o relato de um acontecimento passado, e não mais em tom intimativo, como uma consagração feita no momento presente e proferida em nome da pessoa em cujo nome o sacerdote atua. E isso é muito grave. (Nota: Nosso Senhor Jesus Cristo confere ao sacerdote o poder de consagrar “na Pessoa de Cristo”. O sacerdote atua in persona Christi, o sacerdote consagra na Pessoa de Cristo).
Qual poderá ser, dentro desta nova perspectiva, a intenção do celebrante? Intenção que, como recorda o Concílio de Trento, é uma das condições para a validez da celebração. Essa intenção já não é mais significada no cerimonial do rito. O sacerdote que celebra pode, sem dúvida alguma, supri-la por sua própria vontade e a Missa poderá ser válida. Porém, o que acontecerá com os sacerdotes inovadores, preocupados antes de tudo pela ruptura com a antiga Tradição? Neste caso a dúvida se torna legítima. E já em nada se poderá distinguir, segundo as aparências e na sua estrutura geral, a nova Missa da ceia protestante.
Dizem-nos que se conservou o Cânon romano. Nas primeiras prescrições do novo rito se lê a possibilidade que se dá ao celebrante de escolher este Cânon ao lado de três outras Orações eucarísticas.

O que significa essa escolha?
O Cânon romano que se conserva já não é o antigo cânon. De fato, foi mutilado de várias maneiras: foi mutilado no próprio ato da consagração, como acabamos de ver; foi mutilado pela supressão dos sinais de cruz repetidos; foi mutilado ao suprimir as genuflexões, expressão da fé na Presença real; e já não está mais pré-significado pelo Ofertório do sacrifício.
Nas versões oficiais em língua vernácula, que são praticamente as únicas usadas em geral, o Cânon foi traduzido de maneira tendenciosa, fazendo desaparecer ainda mais o rigor da expressão da fé católica.
Ademais, perdeu seu caráter próprio de “Cânon”, quer dizer, de oração fixa, imutável, como a rocha mesma da fé. Agora é inter-mutável: pode ser substituído, segundo a preocupação ou crença de cada um, por outra oração eucarística. Essa é, manifestamente, a suprema astúcia do ecumenismo inovador.
Oficialmente, o celebrante pode escolher entre três novas “Orações” (“Preces”) de substituição. Mas, de fato, fica aberta a porta para qualquer inovação e hoje se tornou impossível fazer a recensão de todas as orações eucarísticas introduzidas e praticadas nas diversas dioceses.
Não nos ocuparemos aqui dessas liturgias “selvagens”, não oficiais, mas, contudo, originadas no mesmo vento das reformas ou da revolução em todas as direções. Agora, apenas apresentaremos uma breve análise das três novas Orações eucarísticas, introduzidas com a nova missa.
A 2ª Oração eucarística, apresentada como sendo o “Cânon de São Hipólito”, mais antiga que o cânon romano, é na realidade o cânon do anti-Papa Hipólito, composto no momento da sua rebeldia, e antes de morrer mártir, martírio que lhe valeu regressar à unidade da Igreja. Este cânon provavelmente jamais se usou na Igreja pontifical de Roma e só nos chegou através de algumas reminiscências verbais reportadas pela recensão de Hipólito. De nenhuma forma foi mantido pela Tradição da Igreja. Neste cânon, extremamente breve, que contém - além do relato da Santa Ceia - unicamente algumas orações de santificação das oferendas, de ação de graças e de salvação eterna, não se faz nenhuma menção do sacrifício. Na 3ª Oração eucarística, se menciona o sacrifício, porém só no sentido explícito de sacrifício de ação de graças e de louvor. Não se menciona em nada o sacrifício expiatório renovado na realidade presente sacramental, que obtém para nós a remissão dos pecados.
A 4ª Oração eucarística narra os benefícios da redenção operada por Cristo. Mas aqui, de novo, o sacrifício propiciatório – atualmente renovado – não é mais explicitado.
Portanto, nos três novos textos propostos, a doutrina católica do santo sacrifício da Missa, doutrina definida no Concílio de Trento, foi de fato deixada na sombra, e, ao não ser afirmada no ato da celebração da Missa, encontra-se de fato abandonada e acaba sendo negada por preterição ou omissão.

A nova Missa e o papel do sacerdote
A função exclusiva do sacerdote como instrumento de Cristo na oferta do sacrifício é um terceiro ponto de doutrina católica definida pelo Concílio de Trento. Uma vez alterada a realidade do sacrifício, também a identidade de quem oferece esse sacrifício sofrerá as consequências dessa alteração. E assim, logicamente, esse papel do sacerdote na oferenda do sacrifício desaparece nas novas celebrações. O sacerdote aparece como o presidente da assembleia. Os leigos invadem o santuário e se atribuem as funções clericais, as leituras, a distribuição da comunhão e, às vezes, a pregação. Não nos deixemos surpreender se ainda foram mantidas certas denominações antigas; agora estão facilmente abertas a outro significado. Como já temos observado, manteve-se a palavra “Ofertório”, porém não tem mais o sentido de oblação da vítima do sacrifício. Do mesmo modo, a palavra “sacrifício” está ocasionalmente conservada, mas não é mais necessariamente no sentido do sacrifício re-atualizado do Salvador. Pode significar unicamente a ação de graças ou o louvor, segundo a fé do crente.

Conclusão
Na conclusão desta breve análise dos novos ritos só podemos constatar, à luz dos fatos, que a nova Missa foi em sua totalidade concebida e elaborada no sentido ecumênico, que pode adaptar-se às diferentes crenças das diversas igrejas.
É o que os protestantes de Taizé reconheceram de imediato, declarando teologicamente possível que as comunidades protestantes possam agora celebrar a Santa Ceia com as mesmas orações que as da Igreja Católica. Na igreja protestante da Alsácia (região da França vizinha à Alemanha), pronunciaram-se com a mesma opinião: “Agora não há nada na Missa renovada que possa realmente incomodar o cristão evangélico”. E em uma famosa revista protestante, podia-se ler: “Nas novas orações eucarísticas católicas foi abandonada a falsa perspectiva de um sacrifício oferecido a Deus”.
Já a presença de seis teólogos protestantes, bem habilitados para participar da elaboração dos novos textos, foi uma presença significativa.
Então, esta missa ecumênica já não é mais a expressão da fé católica. Na sua súplica ao Papa Paulo VI, os cardeais Ottaviani e Bacci não temeram fazer a seguinte observação, da qual ninguém, até a data de hoje, pôde contestar o rigor: “O novo rito da Missa representa, seja no seu todo como nos seus detalhes, um impressionante afastamento da teologia Católica da Santa Missa, tal qual essa foi formulada na sessão XXII do Concílio Tridentino”.

Max Thurian (da Comunidade de Taizé, um dos seis pastores que participaram na redação do novo rito): “Um dos frutos do Novus Ordo será que talvez as comunidades não Católicas poderão celebrar a santa ceia com as mesmas orações da Igreja Católica. Teologicamente é possível”. La Croix, 30/05/1969.
Siegevalt (professor na Faculdade protestante de Strasburgo): “Agora, na missa renovada, não há nada que possa perturbar o cristão evangélico”. Le Monde, 22/11/1969.

Jean Guitton (amigo de Paulo VI): "A intenção de Paulo VI era reformar a liturgia católica de forma que se aproximasse o máximo da liturgia protestante, à ceia do Senhor dos protestantes. Fez todo o possível para distanciar a Missa católica do Concílio de Trento". Entrevista radiofônica ao programa "Icilumière 101" de 13/12/1993.

Cônego René Marie Berthod


http://www.nossasenhoradasalegrias.com.br/2011/09/nova-missa-e-fe-catolica-igreja-de.html

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COLÓQUIOS COM MONSENHOR LEFEBVRE


COLÓQUIOS COM MONSENHOR LEFEBVRE
Dom Tomás de Aquino

Foi em 1975 que vi Dom Lefebvre pela primeira vez. Ele viera a nosso Mosteiro de Santa Maria Madalena em Bedoin, no Sul da França, para conferir as ordens menores a dois de nossos irmãos, o Ir. Jehan de Belleville e o Ir. Joseph Vannier. A pregação de Dom Lefebvre me impressionou pela sua serenidade. Ele respirava a paz, essa paz que é a divisa dos beneditinos e que ele parecia possuir mais do que nós.

Esta cerimônia não passou despercebida aos progressistas, que não nos perdoaram. Receber Dom Lefebvre! Deixá-los conferir ordens a nossos estudantes! Isto não podia ficar sem uma punição exemplar. O superior geral de nossa congregação veio ver-nos trajado à maneira progressista, como o exigem os tempos modernos, isto é, de paletó e gravata. Talvez a gravata seja fruto da minha imaginação, mas do paletó eu me lembro bem. Conclusão. Nós fomos excluídos da ordem beneditina. Na verdade era Dom Lefebvre que eles procuravam atingir, ou melhor, era Nosso Senhor que eles perseguiam.

Em 1976 eu pude escutar Dom Lefebvre pregando em Ecône no início daquele verão, que ficou conhecido como “verão quente” devido à gravidade dos acontecimentos que marcaram a vida da Fraternidade São Pio X e da Igreja naqueles dias heróicos em que Dom Lefebvre teve de dizer não a Paulo VI. Interrogado pelos jornalistas a respeito de sua atitude, Dom Lefebvre respondeu com simplicidade:

“Quando eu estiver diante de meu juiz, não quero que Ele possa dizer-me: ‘O senhor também, o senhor deixou que destruíssem a minha Igreja’.”[1]

Mas foi somente em 1984 que tive contato pessoal com Dom Lefebvre. Eu havia sido enviado para o seminário de Ecône, sendo já padre, para completar os meus estudos e para cuidar da saúde.

Aproveitando a presença de Dom Lefebvre, fui vê-lo com certa freqüência. Sua bondade paternal tornou fácil essas conversas, cujo essencial transcrevo aqui. Como eu tinha o costume de escrever o conteúdo desses colóquios após cada entrevista, hoje me sirvo dessas notas na redação desse artigo.

Na terça-feira, 6 de novembro de 1984, Dom Lefebvre falou-me do Ecumenismo:

“Se as outras religiões não são obra do demônio, então não há razão para não admiti-las; não há razão para combatê-las. Ora, todas as religiões, fora a Religião Católica, são obras que não vem de Deus. ‘Quem não é por Mim, é contra Mim’, disse Nosso Senhor. Toda religião, fora a Religião Católica, é obra do demônio. Toda atenuação desta verdade concorre para a perda das almas. Esta heresia está de tal maneira espalhada que mesmo nossos fiéis não escapam inteiramente à sua influência. Eu penso que nós estamos diante de uma verdadeira heresia. Penso como Dom Antônio de Castro Mayer, mas não quis dizê-lo publicamente até agora.”

No dia 12 de Março de 1985, Dom Lefebvre falou-me da questão dos acordos com Roma. Penso que Dom Lefebvre abordou este assunto por causa de Dom Gérard, que por essa época procurou obter de Dom Lefebvre apoio para um acordo com Roma. Dom Gérard dizia que com o Cardeal Ratzinger era possível de se entender e que Dom Lefebvre era fechado demais. Mesmo assim, Dom Gérard procurava a aprovação de Dom Lefebvre, sem a qual ele não teria a aprovação dos fiéis da Tradição.

“Submeter-se a homens que não têm a integridade da Fé Católica? Submeter-se a homens que proclamam princípios contrários aos princípios da Igreja? Ou nós seremos obrigados a romper de novo com eles e a situação se tornará pior que antes, ou seremos conduzidos insensivelmente à diminuição e à perda da Fé.

Há ainda uma terceira possibilidade. Uma vida bem difícil por causa do contato freqüente com homens que não tem a Fé católica, conduzindo à desorientação e ao enfraquecimento do espírito de combate dos fiéis.”

Esta questão conduziu Dom Lefebvre a falar das Sagrações:

“Eu esperei o mais possível para que Deus me esclarecesse a respeito das sagrações. Em Roma eles se afundam cada vez mais nos seus erros. Eu penso que é necessário assegurar a permanência do sacerdócio católico. Eu esperei a confirmação deste dever. Parece que a tenho cada vez mais.

O Liberalismo é uma heresia. Eu não o quis dizer até agora. Não se podia imaginar que um Papa pudesse chegar a tal ponto. Ele já não é Papa por causa disso? Eu não penso que se possa afirmar isto. É uma coisa que não se podia imaginar.”

E voltando à questão dos acordos:

“Nossa posição, tal como é agora, nos permite ficar unidos na fé. Todos aqueles que quiseram fazer um compromisso com os modernistas se desviaram. Penso que nós não devemos nos submeter a eles.

Eu desconfio imensamente. Passo as noites a pensar nisso. Não somos nós que temos de assinar nada. São eles que têm de assinar garantindo que aceitam a doutrina da Igreja. Eles querem nossa submissão, mas não nos dão a doutrina.”

Bela conclusão. Submissão? Sim, mas com a doutrina. Sem a Verdade Revelada, sem a Tradição, nada feito, pois seria o suicídio da Fé e a perda da vida eterna.

No dia 30 de março de 1985, Sábado da Paixão, Dom Lefebvre faz observações interessantes sobre a política, conversando com os professores do seminário em Ecône.

“Em vez da ONU, o Vaticano deveria ter encorajado a união dos Estados católicos. Houve um momento, após a guerra, em que havia vários chefes de Estado católicos na Europa: Salazar em Portugal, Franco na Espanha, De Valera na Irlanda, Alphonsini na Itália, Cotti na França e Adenauer na Alemanha, o qual, apesar de não ser católico, tinha alguns princípios católicos.”

Falando de Salazar, Dom Lefebvre contou que o grande presidente português se queixara dos bispos de seu país:

“É necessário reformar as universidades, mas os bispos não me ajudam. Eles parecem não compreender a importância. Mas, sem isso, como conseguir uma geração francamente católica?”

Neste mesmo dia, ou pouco depois, Dom Lefebvre, comentando a ilusão de alguns que estão sempre a procura de compromissos, disse:

“O Sr. X é sempre ambíguo. Ele quer nos conduzir a compromissos. Se a missa não é herética, é ortodoxa, diz o Sr. X. Como? E todas as nuances e graus entre a heresia e a ortodoxia?”

E, falando dos bispos que procuram semear esse clima de ambigüidade, diz:

“Eles se esforçam por propagar a Missa de indulto,[2] mas com a finalidade de aproximar os fiéis da Missa nova e da doutrina de Vaticano II.”

No dia 14 de maio de 1985, no seu escritório, Dom Lefebvre me fala do Concílio:

“Eles vivem na mentira. Inconscientemente. Talvez. Mas, objetivamente, vivem na mentira. No Concílio, eles diziam: ’O Concílio é pastoral.’ O próprio Papa dizia: ‘O Concílio é pastoral e não dogmático.’ Agora eles querem impô-lo como um concílio dogmático.”

Na segunda-feira de Pentecostes, Dom Lefebvre me fala do retiro que ele devia nos pregar no Barroux. As relações com Dom Gérard estavam bem tensas nesta época por causa dos acordos que ele queria fazer com Roma.

“Eu estou num grande embaraço”, diz Dom Lefebvre. “Receio que as palavras não me saiam da boca.”

Confissão comovente que mostra que, se Dom Lefebvre era um combatente, não era insensível e lhe custava enfrentar certas situações. Mas, mesmo assim, foi ao Mosteiro e nos pregou o retiro anual de 1985.

Este retiro foi uma nova ocasião de conversar com Dom Lefebvre. A questão das sagrações se tornava cada vez mais atual.

“Devo sagrar um bispo? Isto me repugna”, dizia ele, “mas me cite um só bispo que tenha um seminário onde se dê uma formação católica, sem mistura de modernismo. Penso que, se eu não fizer nada, Nosso Senhor me repreenderá após a minha morte, dizendo: ‘O senhor tinha o caráter episcopal, o senhor devia ter assegurado a continuação do sacerdócio católico.’”

Em outra ocasião, Dom Lefebvre deu mais esta razão para as sagrações, razão que me parece decisiva e que guardei na memória:

“Se Roma fosse capaz de formar padres católicos, eu não teria nenhuma razão de sagrar sem a autorização de Roma. Mas Roma já não é capaz.”

Tornava-se então necessário sagrar novos bispos. No entanto, Dom Lefebvre iria esperar ainda dois anos, prova de sua grande prudência. Ele queria ter a certeza de que isto era verdadeiramente o seu dever. Talvez quisesse também preparar os padres e os fiéis para este ato tão necessário, mas também tão insólito.

Estando de passagem em Ecône, em janeiro de 1986, aproveito para ver Dom Lefebvre. Entre outras coisas, ele me disse:

“O Papa anunciou um congresso de todas as religiões em Assis. Um congresso de todas as religiões! Que Deus vão eles invocar? Eu não vejo senão o Grande Arquiteto! Tudo isso é uma idéia maçônica. Creio que haverá reações. Itália. Assis. Tudo isso é ainda por demais católico. Eles vão, talvez, pedir um lugar menos católico. Jerusalém, talvez. ”

Diante de tudo isso, pergunto a Dom Lefebvre qual era a essência da doutrina do Santo Padre. Dom Lefebvre responde:

“Que não há verdade. Que a verdade evolui. O que conta é a vida.

Mas isto é a essência do Modernismo.

Eles são modernistas diz Dom Lefebvre. Ratzinger e o Papa são modernistas. Essa é a razão por que não compreendem nada de nossas reclamações. Eles dizem: ‘Mas que mal há em tudo isto?’ É por essa razão que eles foram escolhidos. Por causa de seu espírito impreciso. Jamais dariam esses postos a alguém que tivesse o espírito escolástico, o espírito claro, límpido. Não. Eles já não querem isso.

É a maçonaria, prossegue Dom Lefebvre, que dirige o Vaticano. O Cardeal Cagnon me disse, ele mesmo. Não são necessariamente os que ocupam os postos principais que são maçons, mas eles são colocados de maneira a dirigir tudo.”

No final de 1986 Dom José Vannier e eu fomos envidados para ver um terreno que nos era oferecido para a fundação de um mosteiro no Brasil. Antes de deixar a Europa, fomos a Ecône para nos despedir de Dom Lefebvre. Ele nos falou então de Assis e de um desenho explicativo que ele queria difundir para alertar os fiéis sobre a gravidade desta reunião ecumênica. Ele nos mostrou dois desenhos. Um era de um seminarista e outro de uma irmã da Fraternidade. O do seminarista era mais bem feito, mas o da irmã era mais respeitoso. Dom Lefebvre preferia o da irmã. Ele não queria uma caricatura. Queria simplesmente explicar com imagens o pecado gravíssimo da reunião de Assis. Antes de partirmos, assegurei a Dom Lefebvre nossa adesão sem restrições à idéia do desenho.

Tendo partido para a América do Sul, nossa primeira visita foi ao seminário da Fraternidade São Pio X na Argentina. Dom Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer aí se encontravam para as ordenações daquele ano, nas quais dois padres de Campos receberam o sacerdócio: o Rev. Pe. Hélio Rosa e o Rev. Pe. José Paulo Vieira, assim como o Rev. Pe. Álvaro Calderón e alguns outros padres da Fraternidade São Pio X.

Reencontrando Dom Lefebvre, ele nos falou novamente de Assis, e comentou as reações havidas a respeito dos famosos desenhos:

“Eu fiquei surpreso com a reação. Já a esperava, mas não tanto. Porém é uma lição de catecismo! Pode-se dizer o mesmo de todos os pecados. No céu não há ecumenistas, assim como no céu não há divorciados. No céu não há ninguém em estado de pecado mortal.

Peço a Deus que estes desenhos cheguem às mãos do Santo Padre e que ele acorde e se diga: ‘Aonde irei parar se continuo assim?’ É preciso que o Santo Padre salve a sua alma!

Ele convidou o chefe das falsas religiões a rezar nos seus erros. É um convite a permanecer no erro. É um reconhecimento desses erros.

Depois disso, eu disse que só faltava agora dançar com o demônio. Parece que o Papa já o fez, dançando ao som do rock, com estola, no meio de moças, na Austrália. Alguns se escandalizam mais com isso do que com a reunião de Assis. É uma falta de espírito de Fé. Assis é mais grave. É mais teológico.

A reunião que se realizou na véspera foi ainda pior. As palavras do príncipe Edimbourg foram blasfematórias.”

Este príncipe, marido da rainha da Inglaterra, disse que era necessário terminar com esse escândalo, que já dura dois mil anos, de um homem que disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida.” O que se poderia esperar de diferente quando se trata de convidar todos os heréticos, cismáticos e infiéis a se manifestar?

Ainda no seminário da Argentina, Dom Lefebvre nos disse, falando das sagrações:

“Do ponto de vista teológico Dom Antônio de Castro Mayer nem vê dificuldade, mas tanto ele como eu pensamos que é melhor esperar um pouco.”

A respeito do Papa, acrescentou:

“Quanto a dizer que o Papa não é Papa, eu não sei. Os teólogos não estão de acordo a esse respeito. Não quero entrar nesta questão. Isto não me parece ainda muito claro. Prefiro dizer apenas que ele é um pecador público. Um Concílio decidirá, depois da sua morte, se ele foi Papa ou não.”

Em seguida nos falou do Cardeal Villot:

“Villot mentiu para Paulo VI, dizendo-lhe que eu havia feito os seminaristas assinar um documento contra o Papa. Quando pude ver Paulo VI, Villot estava furioso. Ele impôs que Benelli estivesse presente à conversa. O Santo Padre me falou desse famoso documento que eu teria feito os seminaristas assinar. Eu disse claramente a Paulo VI que não existia nada daquilo. Depois, o cardeal Benelli, em L’Osservatore Romano, negou que nós tivéssemos falado deste assunto. São uns bandidos. Mesmo a honestidade, a mais elementar, eles já não a têm.

Villot havia organizado tudo. Ele dizia que dentro de seis meses a Fraternidade não existiria mais. Deu-se então a visita canônica a Ecône, o chamado a Roma, a entrevista com Garrone, Tabera e Wright e o que se seguiu. Pior que os soviéticos; nem mesmo a aparência de um julgamento. Eu disse isso a João Paulo II. Ele sorriu. Nada mais [...].”

Falando de Montini e Pio XII, Dom Lefebvre nos disse:

“No começo do Concílio eu fiquei sabendo da história de Montini. ‘Promoveatur ut removeatur’.[3] E, no dia da sagração de Montini, Pio XII fez um discurso ditirâmbico. Que costume desastroso! Até Pio XII.”[4]

Em seguida vieram os anos da fundação da Santa Cruz, durante os quais Dom Lefebvre nos ajudou com seus preciosos conselhos. Eu tinha a consciência bastante incomodada por causa das modificações litúrgicas introduzidas por Dom Gérard na missa. Não se tratava ainda da nova missa, mas também já não era o missal de João XXIII, de 1962. Eram algumas modificações introduzidas por Paulo VI e por Dom Gérard ele mesmo. Escrevi então para Dom Lefebvre, que, embora não aprovando Dom Gérard, me aconselhou sobretudo guardar boas relações com o nosso mosteiro da França, o Barroux. Por aí se vê que Dom Lefebvre era bastante conciliador. Se se opôs ao Santo Padre, era porque realmente não havia outra solução. Ele se opôs por dever e não por inclinação natural.

Mas estas boas relações com nosso mosteiro da França não iam durar muito tempo. Dom Gérard, depois das sagrações, fará um acordo que porá os nossos mosteiros debaixo da autoridade dos modernistas.

Dom Lefebvre me escreveu então uma carta datada de 18 de agosto de 1988, na qual dizia:

“Como lamento que o senhor tenha partido antes dos acontecimentos do Barroux.[5] Teria sido mais fácil considerar a situação resultante da decisão desastrosa de Dom Gérard.

O Padre Tam se ofereceu para visitá-lo ao voltar ao México e lhe entregar estas linhas.

Dom Gérard, na sua declaração, expõe o que lhe é concedido e aceita pôr-se debaixo da obediência de Roma modernista, que permanece fundamentalmente antitradicional, o que motivou o meu afastamento.

Ele queria ao mesmo tempo guardar a amizade e o apoio dos tradicionalistas, o que é inconcebível. Ele nos acusa de ‘resistencialismo’.

Eu bem o avisei. Mas sua decisão estava já tomada havia muito tempo, e ele não quis mais escutar conselhos.

As conseqüências agora são inevitáveis. Mas não teremos mais nenhuma relação com o Barroux e avisamos todos os nossos fiéis para que não ajudassem mais uma obra que daqui para frente está nas mãos de nossos inimigos, dos inimigos de Nosso Senhor e de seu reino universal.

As irmãs beneditinas estão angustiadas. Elas vieram me ver. Eu lhes aconselhei o que lhe aconselho igualmente: guardar a sua liberdade e recusar todo laço com esta Roma modernista.

Dom Gérard usa de todos os argumentos para paralisar a resistência [...].

O senhor devia se unir com Dom Lourenço e com o argentino,[6] e com seus noviços [...].

Os senhores três, com os noviços de Campos, os senhores poderão continuar e constituir um mosteiro independente de Roma. É necessário não hesitar em afirmá-lo publicamente. Deus o ajudará.

E o senhor poderia em seguida, depois de algum tempo, reconstituir um mosteiro na França. O senhor seria muito apoiado e teria vocações.

Dom Gérard suicidou a sua obra.

O Padre Tam lhe dirá de viva voz o que eu não escrevi. Peço a Nossa Senhora que o ajude na defesa da honra de seu divino Filho.

Que Deus o abençoe e abençoe o seu mosteiro.”

Eis como Dom Lefebvre via a situação. Nós seguimos os seus conselhos. Uma declaração pública foi feita, e nós nos separamos de Dom Gérard. Esta declaração foi feita com a ajuda do Rev. Padre Fernando Rifan, do Rev. Padre Tam e do Dr. Júlio Fleichman, pai de Dom Lourenço. Dom Lefebvre queria que esta declaração fosse conhecida dos monges do Barroux e que estes depusessem Dom Gérard “se ele não quiser romper com Roma”.[7]

“As sagrações trouxeram um reforço de vida à Tradição”, escrevia Dom Lefebvre nesta mesma ocasião. “Os fiéis estão contentes. Eis por que a defecção de Dom Gérard é duramente criticada e ninguém o segue; exceto alguns falsos tradicionalistas.”

Após as sagrações e os acontecimentos que se seguiram de perto, Dom Lefebvre teve de suportar uma dura provação com o caso do Padre Morello, na Argentina. Isto não o impediu de continuar a nos aconselhar com sua paternal solicitude. Não somente nós fomos ajudados por ele, mas também Campos e mais especialmente o Rev. Padre Rifan.

No entanto, era sobretudo Dom Antônio de Castro Mayer, seu amigo e irmão no episcopado, que ocupava o coração de Dom Lefebvre.

“Ecos me chegam do Brasil”, escrevia ele a Dom Antônio, “a respeito de vossa saúde, que declina. O apelo de Deus estará próximo? Esta eventualidade me enche de profunda dor. Em que solidão vou me encontrar sem meu irmão mais velho no episcopado, sem o combatente exemplar pela honra de Jesus Cristo, sem o amigo fiel e único no terrível deserto da Igreja Conciliar!”[8]

Dom Lefebvre e Dom Antônio iam nos deixar quase ao mesmo tempo, em 1991, deixando-nos o exemplo da sua Fé e de seu espírito de combate recebidos em Roma durante os anos de seminário junto ao túmulo do príncipe dos Apóstolos.

Que suas heróicas virtudes e seus méritos nos obtenham a graça da fidelidade.


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[1] Dom Tissier de Mallerais, Marcel Lefebvre, une vie, Ed. Clovis, 2002, p. 644.

[2] Indulto de 1984 para celebrar a Missa de São Pio V, concedido pelo Papa João Paulo II, mas com uma restrição: não rejeitar a Missa de Paulo VI. Conclusão: indulto só para os que não tinham motivos para fazer uso exclusivo da Missa de São Pio V. Como dizia, com humor, um escritor francês: “Este indulto é reservado exclusivamente àqueles que não têm nenhuma razão para pedi-lo.” Na verdade, como nota Dom Lefebvre, este indulto tinha como objetivo habituar os padres e os fiéis às duas missas e, desta forma, fazê-los aceitar a Missa nova, como foi o caso de Dom Fernando Rifan e o de tantos outros.

[3] “Promovido para ser removido”.

[4] Secretário de Estado de Pio XII, Montini havia traído Pio XII. Pio XII o destituiu, mas deu-lhe cargo de arcebispo de Milão e fez um sermão elogioso ao seu mau servidor.

[5] Eu tinha voltado ao Brasil antes da conclusão ou, ao menos, da publicação dos acordos de Dom Gérard com Roma.

[6] Dom João da Cruz.

[7] Carta de 2 de setembro de 1988.

[8] Carta de 4 de dezembro de 1990. Apesar de sua análise penetrante desse “terrível deserto da Igreja Conciliar” e das indagações que ele se fazia a respeito do Santo Padre, Dom Lefebvre nunca foi sedevacantista, muito pelo contrário. Sua posição se baseava na atitude de São Pio X em relação aos modernistas e da atitude de Pio IX em relação aos liberais.


REVISTA CORREDENTORA 4-03-2010

http://www.co-redentora.com.br/?p=28

Esse artigo também está disponível na edição 31º de nosso jornal " A família Católica" cujo link segue abaixo.

http://www.nossasenhoradasalegrias.com.br/2016/02/jornal-familia-catolica-edicoes-30-e-31.html

Apostolado domingo

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Salve Maria!
Prezados fiéis,

 No próximo domingo dia 28/02 iremos em procissão até a Catedral Metropolitana de Vitória em honra à Nossa Senhora da Vitória e faremos esse apostolado principalmente por quatro motivos:

* Em  agradecimento a tão boa Mãe pela perceptível proteção que ela tem para com a nossa Capela que lhe é consagrada e que frequentemente lhe oferece a oração do Santo Rosário.

* Para pedir a Santíssima Virgem que continue nos protegendo e nos afastando de todas as ciladas do demônio, principalmente dos erros modernos e liberais vindos do Vaticano II. 

* Pela resistência católica, em especial a que se encontra no Brasil.

* Pela Sagração Episcopal de nosso diretor, Dom Tomás de Aquino - OSB, prior do Mosteiro da Santa Cruz, que Nossa Senhora lhe conceda todas as graças necessárias para bem exercer o bispado.

SAIREMOS DE NOSSA CAPELA ÀS 9Hrs.

TODOS ESTÃO CONVIDADOS!

*Obs: Evidentemente não participaremos de nenhum evento oferecido pela mesma Catedral.


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